Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
sábado, 31 de dezembro de 2011
domingo, 25 de dezembro de 2011
O NOSSO NATAL
O nosso Natal
Não tem presentes
Tem recordações.
O nosso Natal
Mora nas palavras que trocamos
Alimenta-se de mil afectos
E cresce com as emoções.
O nosso Natal
Somos unicamente nós
Em guerra contra uma saudade
Que sentida a cada dia
Mantém a bater os nossos corações
SS
Não tem presentes
Tem recordações.
O nosso Natal
Mora nas palavras que trocamos
Alimenta-se de mil afectos
E cresce com as emoções.
O nosso Natal
Somos unicamente nós
Em guerra contra uma saudade
Que sentida a cada dia
Mantém a bater os nossos corações
SS
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
TARDE DE DOMINGO
Tarde comprida a deste domingo!
Sem novidades e sem televisão
Atrai-me a cama
Mas dormir não me apetece.
Quanto dava
Para te ter aqui comigo
E retomar aquela harmonia
Que quem ama nunca esquece!
SS
Sem novidades e sem televisão
Atrai-me a cama
Mas dormir não me apetece.
Quanto dava
Para te ter aqui comigo
E retomar aquela harmonia
Que quem ama nunca esquece!
SS
domingo, 27 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Quis escrever um poema:
Escolhi as palavras
Uma a uma com cuidado
E pu-las todas de lado.
Misturei-as com afectos
Com céu, com sol e com mar
E juntei-lhes muitas flores
Para conseguir mil cores
Que me avivassem o tema.
Depois de escrito guardei-o
No caderno habitual
De onde, por qualquer razão,
O texto desapareceu.
Agora,
Resta-me uma dúvida final:
Será que perdi o poema
Ou foi ele que se perdeu?
GM
Escolhi as palavras
Uma a uma com cuidado
E pu-las todas de lado.
Misturei-as com afectos
Com céu, com sol e com mar
E juntei-lhes muitas flores
Para conseguir mil cores
Que me avivassem o tema.
Depois de escrito guardei-o
No caderno habitual
De onde, por qualquer razão,
O texto desapareceu.
Agora,
Resta-me uma dúvida final:
Será que perdi o poema
Ou foi ele que se perdeu?
GM
sábado, 19 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
CARÍCIA
Passo-te a mão pelo cabelo
Numa carícia leve
Para que não a sintas.
Não aprecias, eu sei,
Mas vou insistindo.
Pode ser que um dia
Se dê um milagre
E digas que gostas
Ainda que mintas.
GM
Numa carícia leve
Para que não a sintas.
Não aprecias, eu sei,
Mas vou insistindo.
Pode ser que um dia
Se dê um milagre
E digas que gostas
Ainda que mintas.
GM
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
SOLIDÃO
Da rua chegam-me os passos apressados
De quem corre fugindo à chuva.
Em casa, apenas a música
Quebra a mudez dos móveis
E da solidão que não é só minha
Mas também do clima pesado que se pressente
E das palavras ditas ou escritas que não existem
Porque hoje
Até os livros estão fechados.
GM
De quem corre fugindo à chuva.
Em casa, apenas a música
Quebra a mudez dos móveis
E da solidão que não é só minha
Mas também do clima pesado que se pressente
E das palavras ditas ou escritas que não existem
Porque hoje
Até os livros estão fechados.
GM
terça-feira, 15 de novembro de 2011
A UMA AMIGA MUITO ESPECIAL
A tua casa é a minha casa
Lugar de partilha de sonhos e memórias.
Também os teus filhos são os meus filhos
Porque os concebemos com a mesma esperança
Com que vivemos o nosso ontem
construímos um futuro
e esperamos um incerto amanhã.
São meus os teus sorrisos
As tuas dores
As tuas palavras
E os teus silêncios.
Onde estamos as duas
Está a nossa casa.
Com mel e lágrimas foi edificada
Com sorrisos e ternura será sempre habitada.
GM
Lugar de partilha de sonhos e memórias.
Também os teus filhos são os meus filhos
Porque os concebemos com a mesma esperança
Com que vivemos o nosso ontem
construímos um futuro
e esperamos um incerto amanhã.
São meus os teus sorrisos
As tuas dores
As tuas palavras
E os teus silêncios.
Onde estamos as duas
Está a nossa casa.
Com mel e lágrimas foi edificada
Com sorrisos e ternura será sempre habitada.
GM
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O ARTIGO E O SUBSTANTIVO
É certo
Que o que está perto
É mais visível
E também é certo
Que o mais visível
Sempre nos atrai
Por ser mais apelativo.
Por isso e por muitas razões mais
Que seria do artigo
Se não existisse o substantivo?
SS
Que o que está perto
É mais visível
E também é certo
Que o mais visível
Sempre nos atrai
Por ser mais apelativo.
Por isso e por muitas razões mais
Que seria do artigo
Se não existisse o substantivo?
SS
sábado, 12 de novembro de 2011
Quando desfolho o livro da nossa vida
Encontro-te escondido no traço preto das palavras
Nos intervalos das linhas e dos espaços por preencher.
Se o fecho,
Sinto que partistes
Desaparecendo na bruma habitual da ausência
Onde a solidão domina e se quebram todos os laços.
E quando o tento resguardar em local discreto
A capa que o preserva
Impede-me de ouvir
O som de despedida dos teus passos.
Para que se não perca
Reservei-lhe um lugar especial: o coração.
Dali nada o poderá tirar
E estou certa que ninguém o conseguirá ler
SS
Encontro-te escondido no traço preto das palavras
Nos intervalos das linhas e dos espaços por preencher.
Se o fecho,
Sinto que partistes
Desaparecendo na bruma habitual da ausência
Onde a solidão domina e se quebram todos os laços.
E quando o tento resguardar em local discreto
A capa que o preserva
Impede-me de ouvir
O som de despedida dos teus passos.
Para que se não perca
Reservei-lhe um lugar especial: o coração.
Dali nada o poderá tirar
E estou certa que ninguém o conseguirá ler
SS
terça-feira, 8 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
PARA LÁ DO TEMPO
Para lá do tempo
Há um tempo longo, muito longo
Que não medimos nem nunca alcançamos.
É um tempo de desejos
De sonhos pintados a azul
Porque essa é a cor do céu,
O dossel do leito onde nos amamos.
SS
Há um tempo longo, muito longo
Que não medimos nem nunca alcançamos.
É um tempo de desejos
De sonhos pintados a azul
Porque essa é a cor do céu,
O dossel do leito onde nos amamos.
SS
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
HISTÓRIA
Quanto tempo vai durar ? Não sei!
Nem me questiono.
Não há forma de avaliar o abandono
De coisas tão triviais como as que vivemos.
É uma saga longa e ilusória
Um fervilhar de momentos
Que agora recordamos
Como contas perdidas numa soma errada
E que desfiamos
Em pequenos momentos de memória.
Aconteça o que acontecer
Esta é a nossa história
SS
Nem me questiono.
Não há forma de avaliar o abandono
De coisas tão triviais como as que vivemos.
É uma saga longa e ilusória
Um fervilhar de momentos
Que agora recordamos
Como contas perdidas numa soma errada
E que desfiamos
Em pequenos momentos de memória.
Aconteça o que acontecer
Esta é a nossa história
SS
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Se respiras
É porque tens vida em ti
E não precisas que eu respire por ti.
Se pensas
É porque o teu cérebro trabalha
E pensar nunca te falha.
Se queres dormir
E gostas de sonhar
Tens o meu corpo para te embalar…
Liberta-te do que te pesa.
Abre as tuas janelas
E agradece a Deus
A beleza que delas vês,
O estares vivo, teres amigos e saúde.
E, por fim, pede-lhe que te afaste dos “porquês”
Para te libertares por fim de alguns perturbadores “talvez”.
SS
É porque tens vida em ti
E não precisas que eu respire por ti.
Se pensas
É porque o teu cérebro trabalha
E pensar nunca te falha.
Se queres dormir
E gostas de sonhar
Tens o meu corpo para te embalar…
Liberta-te do que te pesa.
Abre as tuas janelas
E agradece a Deus
A beleza que delas vês,
O estares vivo, teres amigos e saúde.
E, por fim, pede-lhe que te afaste dos “porquês”
Para te libertares por fim de alguns perturbadores “talvez”.
SS
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
AMO-TE
Amo-te nas pequenas coisas de todos os dias
Naquelas que pedimos que aconteçam
e até nas que queremos que esqueçam.
Amo-te no sol, nas estrelas, no luar
Nas estações do ano e nos meses que passam
E até na pequena mosca, preta e irritante,
Que zumbe sobre nós sempre a voar.
Amo-te não só porque te amo
Mas porque me deixas falar, mesmo cansado,
E com ternura me ouves sempre que por ti chamo.
SS
Naquelas que pedimos que aconteçam
e até nas que queremos que esqueçam.
Amo-te no sol, nas estrelas, no luar
Nas estações do ano e nos meses que passam
E até na pequena mosca, preta e irritante,
Que zumbe sobre nós sempre a voar.
Amo-te não só porque te amo
Mas porque me deixas falar, mesmo cansado,
E com ternura me ouves sempre que por ti chamo.
SS
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
MARÉS
Dei-te dias da minha vida
Com tudo que eles contêm:
Horas, minutos e segundos.
Dei-te tudo o que senti
Dos sentimentos doces
Aos mais profundos.
Agora
Há um mar exaltado entre nós
Que tenta derrubar-nos
E cujo bramir
Se sobrepõe à nossa voz.
SS
Com tudo que eles contêm:
Horas, minutos e segundos.
Dei-te tudo o que senti
Dos sentimentos doces
Aos mais profundos.
Agora
Há um mar exaltado entre nós
Que tenta derrubar-nos
E cujo bramir
Se sobrepõe à nossa voz.
SS
domingo, 23 de outubro de 2011
TEMPO PERDIDO
Através das palavras
Encontrei o caminho
Para chegar a ti.
Como lamento
As horas perdidas
De todo um tempo em que não as li…
SS
Encontrei o caminho
Para chegar a ti.
Como lamento
As horas perdidas
De todo um tempo em que não as li…
SS
sábado, 22 de outubro de 2011
Custam-me os silêncios
Como me custam os nevoeiros.
Custam-me as palavras apressadas
Como me custam todas as nortadas.
São modelos indistintos, inconstantes,
E nunca se revelam em imagem.
Prefiro as frases abertas, livres, sem temor
Que atravessam o espaço em meu redor
Traçando uma esteira de presença.
Mais do que uma sombra ou uma voz
Elas são EU inteira em forma de mensagem.
gm
Como me custam os nevoeiros.
Custam-me as palavras apressadas
Como me custam todas as nortadas.
São modelos indistintos, inconstantes,
E nunca se revelam em imagem.
Prefiro as frases abertas, livres, sem temor
Que atravessam o espaço em meu redor
Traçando uma esteira de presença.
Mais do que uma sombra ou uma voz
Elas são EU inteira em forma de mensagem.
gm
domingo, 16 de outubro de 2011
ESPERANÇA
Não pedia que fosse para a eternidade
mas apenas que durante
uma hora
um minuto
ou até mesmo um segundo
o mar se tornasse um novo céu
o sol exercesse de lua
e o homem voltasse a ser criança.
Prodígios impraticáveis? Decerto.
Mas sonhar ser possível manipular o mundo
Seria um sinal inequívoco de esperança.
GM
mas apenas que durante
uma hora
um minuto
ou até mesmo um segundo
o mar se tornasse um novo céu
o sol exercesse de lua
e o homem voltasse a ser criança.
Prodígios impraticáveis? Decerto.
Mas sonhar ser possível manipular o mundo
Seria um sinal inequívoco de esperança.
GM
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Um dia
Tornaste-te o meu príncipe encantado
E levaste-me a um mundo de magia
De menestréis e de dragões
Com quem lutaste para me libertar.
Ensinaste-me segredos escondidos
De práticas secretas e ideais de salvação.
As tuas palavras tentaram-me
E deixei-me envolver por essa paixão.
Hoje voltamos ao quotidiano
À rotina das coisas e pensares
Que nos mantêm ocupados
E silenciam pouco a pouco
A memória daquelas fantasias
Que com o tempo se vão tornando
Apenas uma fugaz recordação.
SS
Tornaste-te o meu príncipe encantado
E levaste-me a um mundo de magia
De menestréis e de dragões
Com quem lutaste para me libertar.
Ensinaste-me segredos escondidos
De práticas secretas e ideais de salvação.
As tuas palavras tentaram-me
E deixei-me envolver por essa paixão.
Hoje voltamos ao quotidiano
À rotina das coisas e pensares
Que nos mantêm ocupados
E silenciam pouco a pouco
A memória daquelas fantasias
Que com o tempo se vão tornando
Apenas uma fugaz recordação.
SS
terça-feira, 11 de outubro de 2011
ESTIO NO OUTONO
Não.
Hoje a tarde não esteve para poesia.
O calor sufocante
Quase estragou o meu dia.
Agora, à noite,
Descalça, e meio despida,
Espero que a minha alma se liberte
E desperte para a vida.
gm
Hoje a tarde não esteve para poesia.
O calor sufocante
Quase estragou o meu dia.
Agora, à noite,
Descalça, e meio despida,
Espero que a minha alma se liberte
E desperte para a vida.
gm
domingo, 9 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
GAIVOTAS OUTONAIS
Hoje
A praia não tinha mar
Nem areia
Eram só gaivotas.
E ouvi o teu riso deslumbrado
E vi o teu olhar banhado
Pela surpresa
E pela emoção.
E tudo isto
Sem estares a meu lado...
Viveste esse momento
Pelos olhos do meu coração.
SS
A praia não tinha mar
Nem areia
Eram só gaivotas.
E ouvi o teu riso deslumbrado
E vi o teu olhar banhado
Pela surpresa
E pela emoção.
E tudo isto
Sem estares a meu lado...
Viveste esse momento
Pelos olhos do meu coração.
SS
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
SILÊNCIOS
Que guardas para ti
E não me contas?
Que silêncios são os teus
Que não os fazes meus
Nem me deixas partilhar?
A vida é feita de segredos,
Mas essa forma de calares
Bem fundo em ti
Os afectos e os medos,
Sugere receberes e nada dares.
SS
E não me contas?
Que silêncios são os teus
Que não os fazes meus
Nem me deixas partilhar?
A vida é feita de segredos,
Mas essa forma de calares
Bem fundo em ti
Os afectos e os medos,
Sugere receberes e nada dares.
SS
domingo, 2 de outubro de 2011
MIRAGEM
Se fosses pássaro
Os teus braços seriam o ninho
Com a medida certa para albergar
O meu corpo e o meu espírito.
Neles encontraria
A paz e o sono
Que perdi
Nesta vida eternamente em viagem.
Mas como não és pássaro
Nem sequer um ninho
Dá-me um pouco do teu calor
Para suportar
A loucura
Desta infinita miragem.
SS
Os teus braços seriam o ninho
Com a medida certa para albergar
O meu corpo e o meu espírito.
Neles encontraria
A paz e o sono
Que perdi
Nesta vida eternamente em viagem.
Mas como não és pássaro
Nem sequer um ninho
Dá-me um pouco do teu calor
Para suportar
A loucura
Desta infinita miragem.
SS
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
É de noite
Que o teu silêncio é mais silêncio.
Não por ser de noite
Mas porque
A tua ausência é mais ausência.
À luz do sol
Consigo situar-te
No cenário dos nossos quotidianos
E por isso estou próxima de ti.
A escuridão mistura-te com o ignorado
Sítio sem formas e sem fundo
Onde não sei se algum de nós está ali .
Sem luz
Ausente
E sem lugar
Que espaço ocupo eu nesse teu mundo?
SS
Que o teu silêncio é mais silêncio.
Não por ser de noite
Mas porque
A tua ausência é mais ausência.
À luz do sol
Consigo situar-te
No cenário dos nossos quotidianos
E por isso estou próxima de ti.
A escuridão mistura-te com o ignorado
Sítio sem formas e sem fundo
Onde não sei se algum de nós está ali .
Sem luz
Ausente
E sem lugar
Que espaço ocupo eu nesse teu mundo?
SS
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
As palavras dizem mais
Quando escritas no silêncio
Desenhadas a preto no céu de uma lua nova
Ou a branco num lençol de linho.
O ruído e a cor altera-lhes o sentido
E perturba a sua compreensão.
Esta noite, olha para o céu
Ou afaga o teu lençol.
Neles encontrarás
Tudo quanto quis comunicar-te.
A mim competiu a mensagem
Interpretá-la será a tua parte.
gm
Quando escritas no silêncio
Desenhadas a preto no céu de uma lua nova
Ou a branco num lençol de linho.
O ruído e a cor altera-lhes o sentido
E perturba a sua compreensão.
Esta noite, olha para o céu
Ou afaga o teu lençol.
Neles encontrarás
Tudo quanto quis comunicar-te.
A mim competiu a mensagem
Interpretá-la será a tua parte.
gm
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Somos as duas margens do mesmo rio.
Marcamos as suas fronteiras
E com elas o modo de ele correr.
Se nos aproximamos
Ele corre com mais força.
Se nos afastamos
Ele procura manso
A foz onde nos junta
E indica
Para onde vamos
Quem somos
E qual é o nosso futuro.
Quando chegamos ao mar
A nossa peregrinação
Deixa de ser uma promessa e torna-se uma realidade
Porque ambas as margens se confundem.
Nisso reside o que entendemos por Fraternidade.
GM
Marcamos as suas fronteiras
E com elas o modo de ele correr.
Se nos aproximamos
Ele corre com mais força.
Se nos afastamos
Ele procura manso
A foz onde nos junta
E indica
Para onde vamos
Quem somos
E qual é o nosso futuro.
Quando chegamos ao mar
A nossa peregrinação
Deixa de ser uma promessa e torna-se uma realidade
Porque ambas as margens se confundem.
Nisso reside o que entendemos por Fraternidade.
GM
terça-feira, 20 de setembro de 2011
MAPA
Acaricio o teu corpo
Como se percorresse um mapa
Em busca de um ponto de chegada.
Perdi a noção do de partida
Nos anos que passaram
E nas memórias que marcaram
O decorrer da nossa jornada.
Em cada ruga paro
Em cada pedaço de pele me extasio
Como se fosse uma novidade.
Em cada veia sinto o pulsar da tua vida
Que bebi em sorvos lentos
E se misturou com a minha
Em união de corpos e sentires.
Se tudo isto não é um ponto de chegada
Então, meu amor,
O mundo não existe
E nós somos o nada.
SS
Como se percorresse um mapa
Em busca de um ponto de chegada.
Perdi a noção do de partida
Nos anos que passaram
E nas memórias que marcaram
O decorrer da nossa jornada.
Em cada ruga paro
Em cada pedaço de pele me extasio
Como se fosse uma novidade.
Em cada veia sinto o pulsar da tua vida
Que bebi em sorvos lentos
E se misturou com a minha
Em união de corpos e sentires.
Se tudo isto não é um ponto de chegada
Então, meu amor,
O mundo não existe
E nós somos o nada.
SS
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
REVELAÇÃO
Esquece o teu silêncio
A tua timidez
A tua moderação
E fala-me de ti
Dos teus céus
Das tuas luas
Das cores dos teus sonhos
E dos segredos do teu coração.
Abre-te, inteiro, ao meu mundo
Indica-me o rumo dos teus pensamentos
Partilha comigo os teus segredos
Olha-me nos olhos profundamente
E deixa-me descobrir tudo o que sentes
Mesmo que seja por breves momentos.
Só então terei
Tudo o que desejo
Um ser feito corpo
Mas com sentimentos
SS
A tua timidez
A tua moderação
E fala-me de ti
Dos teus céus
Das tuas luas
Das cores dos teus sonhos
E dos segredos do teu coração.
Abre-te, inteiro, ao meu mundo
Indica-me o rumo dos teus pensamentos
Partilha comigo os teus segredos
Olha-me nos olhos profundamente
E deixa-me descobrir tudo o que sentes
Mesmo que seja por breves momentos.
Só então terei
Tudo o que desejo
Um ser feito corpo
Mas com sentimentos
SS
sábado, 17 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Quadra
As velas são como as asas
Que batem fortes ao vento.
As asas levam a alma
As velas o pensamento
SS
Que batem fortes ao vento.
As asas levam a alma
As velas o pensamento
SS
Escorre-me pelo corpo
O bafo quente
Desta tarde de Verão.
Ouço ao longe
O som surdo do mar
E imagino o areal
Pleno da gaivotas.
Tudo nos desafia para uma viagem
Escoltados por sereias e golfinhos
Num veleiro, em que será teu o leme
E minha a grande vela mestra.
Sem rumo definido,
Pararemos onde desejarmos
Ou onde nos abandonar a aragem
GM
O bafo quente
Desta tarde de Verão.
Ouço ao longe
O som surdo do mar
E imagino o areal
Pleno da gaivotas.
Tudo nos desafia para uma viagem
Escoltados por sereias e golfinhos
Num veleiro, em que será teu o leme
E minha a grande vela mestra.
Sem rumo definido,
Pararemos onde desejarmos
Ou onde nos abandonar a aragem
GM
terça-feira, 13 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
Rosa
Nesta tarde de horas lassas
Escapam-me as palavras a dizer
E as ideias dissipam-se nas vidraças.
Hoje,
Definido para mim,
Apenas existe a rosa sangue
Que me espreita do jardim.
GM
Escapam-me as palavras a dizer
E as ideias dissipam-se nas vidraças.
Hoje,
Definido para mim,
Apenas existe a rosa sangue
Que me espreita do jardim.
GM
sábado, 10 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
AQUECE-ME O SOL
Aquece-me o sol
Que ilumina
O espaço vazio em que estou.
Divertem-me as sombras
Que projecta
E cujas formas
Me convencem
Que foi mão divina que as traçou.
Busco-te nessas formas
Que me atraem
Mas não te encontro
Nem há sinais da tua passagem.
Será que nunca ali estiveste
Ou perdeste o rumo arrastado pela aragem?
SS
Que ilumina
O espaço vazio em que estou.
Divertem-me as sombras
Que projecta
E cujas formas
Me convencem
Que foi mão divina que as traçou.
Busco-te nessas formas
Que me atraem
Mas não te encontro
Nem há sinais da tua passagem.
Será que nunca ali estiveste
Ou perdeste o rumo arrastado pela aragem?
SS
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
ESPERA
Espero por ti
Na janela da casa,
no areal extenso da praia,
no cimo da montanha
na margem do rio.
Umas vezes
Fantasio a tua chegada
Como a dos cavaleiros medievais
Salvando a sua dama
Abandonada na torre.
Outras adivinho-te nos passos
Que se pressentem na rua
Nos carros que chiam ao travar
E nas vozes em surdina.
Esperar por ti apenas para te ver
É o meu fado.
Quanto daria para que essa espera
Fosse para te amar
Mesmo em pecado.
SS
Na janela da casa,
no areal extenso da praia,
no cimo da montanha
na margem do rio.
Umas vezes
Fantasio a tua chegada
Como a dos cavaleiros medievais
Salvando a sua dama
Abandonada na torre.
Outras adivinho-te nos passos
Que se pressentem na rua
Nos carros que chiam ao travar
E nas vozes em surdina.
Esperar por ti apenas para te ver
É o meu fado.
Quanto daria para que essa espera
Fosse para te amar
Mesmo em pecado.
SS
terça-feira, 6 de setembro de 2011
VOLTAR AOS TEUS BRAÇOS
Voltar ao teus braços
É como voltar a casa depois de longa ausência.
Toco-te como tocaria os objectos
Que acompanham o meu quotidiano.
Inebria-me o teu cheiro
Como o das rosas que secaram
Na jarra da sala
Sobreviventes dos dias de solidão.
Sem ti não tenho casa
Porque sem ti não há braços para me receber.
As portas da tua casa fazem-no
Porque só abrem para dentro.
SS
É como voltar a casa depois de longa ausência.
Toco-te como tocaria os objectos
Que acompanham o meu quotidiano.
Inebria-me o teu cheiro
Como o das rosas que secaram
Na jarra da sala
Sobreviventes dos dias de solidão.
Sem ti não tenho casa
Porque sem ti não há braços para me receber.
As portas da tua casa fazem-no
Porque só abrem para dentro.
SS
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
SABER QUE EXISTES
Só o saber que existes
Preenche o vazio da minha solidão.
Mesmo sem os ouvir
Os teus passos seguem-me
A cada momento
Deste vaivém sem sentido
Em busca de ti.
Querer é assim.
Se vivido em ausência
Alterna entre o tormento
E a confiança.
Mas saber que apesar de tudo ainda existes
É como uma linha que me amarra à esperança.
SS
Preenche o vazio da minha solidão.
Mesmo sem os ouvir
Os teus passos seguem-me
A cada momento
Deste vaivém sem sentido
Em busca de ti.
Querer é assim.
Se vivido em ausência
Alterna entre o tormento
E a confiança.
Mas saber que apesar de tudo ainda existes
É como uma linha que me amarra à esperança.
SS
terça-feira, 30 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
PERCURSOS...
Primeiro surgiram ideias
Depois palavras
Traçadas a preto no branco de uma página.
Traziam convites
Lembravam sentimentos
E muito de insondável…
Solidão?
De certo
Mas também um desafio
Irrecusável
Apetecível
Sedutor.
O tempo fez-se em dias
O sol e a lua
Cruzaram-se nos anos
Partilhados em presença
E numa ausência
Que esqueceu o esquecimento.
Agora…
Que fazer
Deste diálogo longo
Que se tornou amor?
SS
Depois palavras
Traçadas a preto no branco de uma página.
Traziam convites
Lembravam sentimentos
E muito de insondável…
Solidão?
De certo
Mas também um desafio
Irrecusável
Apetecível
Sedutor.
O tempo fez-se em dias
O sol e a lua
Cruzaram-se nos anos
Partilhados em presença
E numa ausência
Que esqueceu o esquecimento.
Agora…
Que fazer
Deste diálogo longo
Que se tornou amor?
SS
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
ÁGUA DE CHUVA
A chuva desta tarde de verão
Colou-se à vidraça
Que me isola do jardim.
Duas gotas límpidas
Desceram de mansinho
E tornaram-se uma só
Quando se chocaram
Mesmo frente a mim.
Interrogo-me se o sucedido
Terá sido uma busca
Ou um acaso.
Não sei o que pensa a chuva
Mas para mim foi mesmo um “caso”.
SS
Colou-se à vidraça
Que me isola do jardim.
Duas gotas límpidas
Desceram de mansinho
E tornaram-se uma só
Quando se chocaram
Mesmo frente a mim.
Interrogo-me se o sucedido
Terá sido uma busca
Ou um acaso.
Não sei o que pensa a chuva
Mas para mim foi mesmo um “caso”.
SS
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
PARTILHA
Abri-te os meus braços
e embalei-te os sonhos
em palavras desfiados.
Bebi o azul do teu céu
em ilusões partilhadas.
Caiu a tarde e eu parti
De mim, nunca de ti.
SS
e embalei-te os sonhos
em palavras desfiados.
Bebi o azul do teu céu
em ilusões partilhadas.
Caiu a tarde e eu parti
De mim, nunca de ti.
SS
sábado, 20 de agosto de 2011
BRISA
A brisa que passou trouxe-me a tua voz
E o cheiro das montanhas que te abraçam.
Em troca envio-te a maresia
Embrulhada em flor de sal e azul cobalto
Para refrescar o resto do teu dia
GM
E o cheiro das montanhas que te abraçam.
Em troca envio-te a maresia
Embrulhada em flor de sal e azul cobalto
Para refrescar o resto do teu dia
GM
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
TEMPO
Estou indecisa entre saber
Se me perdi no tempo
Ou se foi o tempo que se perdeu de mim.
O que pensava ontem ser uma realidade
Hoje sinto que terá sido somente uma probabilidade.
Pesa-me profundamente este desatino
De que sinto ser a única responsável
Porque confiei deliberadamente
O rumo do meu tempo
Ao arbítrio do destino.
SS
Se me perdi no tempo
Ou se foi o tempo que se perdeu de mim.
O que pensava ontem ser uma realidade
Hoje sinto que terá sido somente uma probabilidade.
Pesa-me profundamente este desatino
De que sinto ser a única responsável
Porque confiei deliberadamente
O rumo do meu tempo
Ao arbítrio do destino.
SS
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
OS DIAS QUE SE SEGUEM
O dia depois
É sempre diferente
Não se repetem os mesmos gestos
Nem se fazem as mesmas escolhas.
O dia depois é de reflexão
Sobre o que o que se passou no dia antes
E a certeza ou incerteza das nossas atitudes.
Por isso alterna sempre entre a ideia da repulsa
Ou o prazer imenso de uma aceitação.
GM
É sempre diferente
Não se repetem os mesmos gestos
Nem se fazem as mesmas escolhas.
O dia depois é de reflexão
Sobre o que o que se passou no dia antes
E a certeza ou incerteza das nossas atitudes.
Por isso alterna sempre entre a ideia da repulsa
Ou o prazer imenso de uma aceitação.
GM
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
FASCINAÇÃO
O que me mantém desperta
E me ajuda a erguer em cada dia
É uma teimosa e intrínseca ilusão.
Sem ela não sei se viveria
Mas o que não teria de certeza
Era este meu coração.
E me ajuda a erguer em cada dia
É uma teimosa e intrínseca ilusão.
Sem ela não sei se viveria
Mas o que não teria de certeza
Era este meu coração.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
TELA
Com os raios do sol
Que através das nuvens se escaparam
Teci o decorrer do meu dia
E pintei as horas que passaram
Com cores e brilhos diferentes
Em função de como a luz incidia.
É por isso que a tela é uma mancha
Entre tons escuros de tristeza
E pinceladas berrantes da alegria.
SS
Que através das nuvens se escaparam
Teci o decorrer do meu dia
E pintei as horas que passaram
Com cores e brilhos diferentes
Em função de como a luz incidia.
É por isso que a tela é uma mancha
Entre tons escuros de tristeza
E pinceladas berrantes da alegria.
SS
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
MUDANÇA
Mudam-se os tempos
Mudam-se as vontades
Mudam-se as casas
Mudam-se as amizades
Mudam as pessoas
E começam as saudades.
SS
Mudam-se as vontades
Mudam-se as casas
Mudam-se as amizades
Mudam as pessoas
E começam as saudades.
SS
SONHAR
Deixa-me sonhar
Mesmo que o sonho
Seja apenas uma promessa
Feita sem intenção de cumprir.
Pior do que isso
É pensar que em algum momento,
Mesmo sem ser deliberado,
Alguém me esteve a iludir.
SS
Mesmo que o sonho
Seja apenas uma promessa
Feita sem intenção de cumprir.
Pior do que isso
É pensar que em algum momento,
Mesmo sem ser deliberado,
Alguém me esteve a iludir.
SS
sábado, 30 de julho de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
ESTE MAL QUE NÃO TEM CURA
Este mal que não tem cura,
Este bem que me arrebata,
Este rigor que me mata,
Esta entendida loucura
É mal e é bem que me apura;
Se equivocando os rigores
Da fortuna aos desfavores,
É remédio em caso tal
Dar por resposta ao meu mal:
Tenho amor, sem ter amores.
É fogo, é incêndio, é raio,
Este, que em penosa calma,
Sendo do meu peito alma,
De minha vida é desmaio:
E pois em moral ensaio
Da dor padeço os rigores,
Pergunta em tristes clamores
A causa minha aflição,
Respondeu o coração:
Tenho amor, sem ter amores.
(Poema de Soror Madalena da Glória (1672-?)
Este bem que me arrebata,
Este rigor que me mata,
Esta entendida loucura
É mal e é bem que me apura;
Se equivocando os rigores
Da fortuna aos desfavores,
É remédio em caso tal
Dar por resposta ao meu mal:
Tenho amor, sem ter amores.
É fogo, é incêndio, é raio,
Este, que em penosa calma,
Sendo do meu peito alma,
De minha vida é desmaio:
E pois em moral ensaio
Da dor padeço os rigores,
Pergunta em tristes clamores
A causa minha aflição,
Respondeu o coração:
Tenho amor, sem ter amores.
(Poema de Soror Madalena da Glória (1672-?)
sábado, 23 de julho de 2011
TANGO
Um tango
Apenas um
Não te pediria mais.
Aliás nem sei se o sabes dançar
Mas que importa?
O que eu quero realmente
É apenas que me faças voar
No ninho dos teus braços
Ao som de um tango
Como fundo.
Louco o meu pedido?
Talvez,
Porque também não sei dançar.
Só pretendo que me embales
Para eu recordar
Que contigo consegui ser bailarina uma vez
Mesmo que tenha sido apenas um segundo.
Apenas um
Não te pediria mais.
Aliás nem sei se o sabes dançar
Mas que importa?
O que eu quero realmente
É apenas que me faças voar
No ninho dos teus braços
Ao som de um tango
Como fundo.
Louco o meu pedido?
Talvez,
Porque também não sei dançar.
Só pretendo que me embales
Para eu recordar
Que contigo consegui ser bailarina uma vez
Mesmo que tenha sido apenas um segundo.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
SOPRO DE AMIZADE
O romper da tarde
Trouxe-me um sopro de amizade
Que em forma de paz
Se instalou dentro de mim.
Veio de longe,
De um tempo de risos
E de histórias de encantar
Quando ainda acreditávamos
Que a vida iria ser sempre assim.
Mas esse sopro
Que atravessou todo este longe
Apenas por intuir
Que eu precisava de colo
Revelou-me que a amizade
É mais forte do que o tempo
Ou outra qualquer lonjura
Quando gerada em verdade.
SS
Trouxe-me um sopro de amizade
Que em forma de paz
Se instalou dentro de mim.
Veio de longe,
De um tempo de risos
E de histórias de encantar
Quando ainda acreditávamos
Que a vida iria ser sempre assim.
Mas esse sopro
Que atravessou todo este longe
Apenas por intuir
Que eu precisava de colo
Revelou-me que a amizade
É mais forte do que o tempo
Ou outra qualquer lonjura
Quando gerada em verdade.
SS
quarta-feira, 20 de julho de 2011
DISPARIDADE
Apetece-me
O silêncio do nada
E a agitação do caos.
A luz da noite
E as trevas do claridade.
O mar desaguando num rio
Numa total desconformidade.
Neste agora apetece-me tudo
Quanto os outros seres recusam ou não desejam.
Para poder enfrentar as minhas emoções
Perante tão dura disparidade
Basta esquecerem-se que existo
E, por favor, nem sequer me vejam.
SS
O silêncio do nada
E a agitação do caos.
A luz da noite
E as trevas do claridade.
O mar desaguando num rio
Numa total desconformidade.
Neste agora apetece-me tudo
Quanto os outros seres recusam ou não desejam.
Para poder enfrentar as minhas emoções
Perante tão dura disparidade
Basta esquecerem-se que existo
E, por favor, nem sequer me vejam.
SS
sexta-feira, 15 de julho de 2011
AMAR
Dá-me a tua mão
E olha-me nos olhos.
Deixa-me mergulhar na paz
Que adivinho neles
Quando nos encontramos.
Falar é coisa de que não precisamos
Para sabermos que estamos bem.
Dares-me a tua mão e emprestares-me o teu olhar
É a forma mais expressiva que utilizas para amar.
SS
E olha-me nos olhos.
Deixa-me mergulhar na paz
Que adivinho neles
Quando nos encontramos.
Falar é coisa de que não precisamos
Para sabermos que estamos bem.
Dares-me a tua mão e emprestares-me o teu olhar
É a forma mais expressiva que utilizas para amar.
SS
quinta-feira, 14 de julho de 2011
PALAVRAS
As palavras seduzem-me
Sempre que aludem a momentos,
Gestos e actos de ternura
E absorvo-as no mais profundo do meu ser.
Embalo-me languidamente nesse ritmo de doçura
E quedo-me na esperança
Que vivendo a esse compasso
Tudo que há de bom me virá a acontecer...
SS
Sempre que aludem a momentos,
Gestos e actos de ternura
E absorvo-as no mais profundo do meu ser.
Embalo-me languidamente nesse ritmo de doçura
E quedo-me na esperança
Que vivendo a esse compasso
Tudo que há de bom me virá a acontecer...
SS
segunda-feira, 11 de julho de 2011
SONHAR...
Sonhar enquanto dorme, sonha toda a gente
Basta adormecer e libertar-se
Mesmo que ao despertar não se recorde nada.
Só que o sonho é mais do que isso
Não cabe no sono e ultrapassa a vida
É um sentir-se em devaneio acordada
GM
Basta adormecer e libertar-se
Mesmo que ao despertar não se recorde nada.
Só que o sonho é mais do que isso
Não cabe no sono e ultrapassa a vida
É um sentir-se em devaneio acordada
GM
sexta-feira, 8 de julho de 2011
VEM COMIGO
Vem comigo, amor
A um lugar onde o céu e o mar se confundam no azul
E o tempo não exista.
Façamos dele a nossa casa
O espaço onde guardar o nosso desejo.
Porque ele está fora do real
Ninguém dará pela nossa ausência.
E, se um dia voltarmos,
A luz que nos envolverá
Cegará os invejosos.
SS
A um lugar onde o céu e o mar se confundam no azul
E o tempo não exista.
Façamos dele a nossa casa
O espaço onde guardar o nosso desejo.
Porque ele está fora do real
Ninguém dará pela nossa ausência.
E, se um dia voltarmos,
A luz que nos envolverá
Cegará os invejosos.
SS
quinta-feira, 7 de julho de 2011
PARTIR COM QUEM...
Partir com quem?
Com quem me visse
Alguém que soubesse onde estou
O que quero, para onde vou
E partilhasse meus sonhos e loucuras.
Cavalgaríamos pelo branco das nuvens
Para que ninguém nos avistasse
Porque essa viagem seria simplesmente nossa.
Depois mergulharíamos no mais profundo azul do mar
Em busca dos tesouros perdidos
Que iríamos acabar por descobrir
Estarem dentro de nós.
Parte-se sempre quando se quer voar…
Fazê-lo com alguém
Que viajasse assim comigo
Faria com que eu perdesse
O desejo de voltar .
SS
Com quem me visse
Alguém que soubesse onde estou
O que quero, para onde vou
E partilhasse meus sonhos e loucuras.
Cavalgaríamos pelo branco das nuvens
Para que ninguém nos avistasse
Porque essa viagem seria simplesmente nossa.
Depois mergulharíamos no mais profundo azul do mar
Em busca dos tesouros perdidos
Que iríamos acabar por descobrir
Estarem dentro de nós.
Parte-se sempre quando se quer voar…
Fazê-lo com alguém
Que viajasse assim comigo
Faria com que eu perdesse
O desejo de voltar .
SS
quarta-feira, 6 de julho de 2011
RASTO
Adivinho o teu rasto
Nas situações com que me defronto
E na realidade que são os meus dias.
Sigo-o como um sinal
Que me conduz ao reencontro
Que sei irá acontecer
Mas de que ignoro
O tempo e o local.
SS
Nas situações com que me defronto
E na realidade que são os meus dias.
Sigo-o como um sinal
Que me conduz ao reencontro
Que sei irá acontecer
Mas de que ignoro
O tempo e o local.
SS
segunda-feira, 4 de julho de 2011
D. SEBASTIÃO
A ter de acontecer
Esta seria a manhã ideal
Para D. Sebastião regressar.
Está nevoeiro.
E não se trabalha
Porque é domingo.
Sem termos que fazer
Nem que ler,
Já que os jornais não trazem novidades
Porque o governo ainda não caiu
E também não há bola,
Aproveitaríamos esta quietação
Para o irmos, em procissão,
Recolher.
gm
Esta seria a manhã ideal
Para D. Sebastião regressar.
Está nevoeiro.
E não se trabalha
Porque é domingo.
Sem termos que fazer
Nem que ler,
Já que os jornais não trazem novidades
Porque o governo ainda não caiu
E também não há bola,
Aproveitaríamos esta quietação
Para o irmos, em procissão,
Recolher.
gm
domingo, 3 de julho de 2011
SE EU FOSSE APENAS ...
Se eu fosse apenas uma rosa,
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!
Se eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!
Perdoa-me causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa...
Cecília Meireles
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!
Se eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!
Perdoa-me causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa...
Cecília Meireles
sábado, 2 de julho de 2011
NÓS
Os dois
Às vezes somos um
Outras meio mundo…
Saber quantos somos
Ou quem somos
Convive dentro de nós
Como um mistério sem fundo
SS
Às vezes somos um
Outras meio mundo…
Saber quantos somos
Ou quem somos
Convive dentro de nós
Como um mistério sem fundo
SS
sexta-feira, 1 de julho de 2011
FIM DE TAREFAS
Que bom ter
Um livro para ler.
Não sonhar com nada
Ficar esticada
No sofá da sala
A pensar voar
P’ra outro lugar.
Preparar a mala
E
por fim
zarpar…
gm
Um livro para ler.
Não sonhar com nada
Ficar esticada
No sofá da sala
A pensar voar
P’ra outro lugar.
Preparar a mala
E
por fim
zarpar…
gm
domingo, 26 de junho de 2011
PORTO. A CIDADE. A NOSSA
Porto. A cidade. A nossa.
O GRANITO.
Cinzento-cor que esconde o vermelho de viver.
O ABRIGO
Vislumbrado na tempestade, no canto das sereias, na calmaria, no fogo-fátuo.
Sempre para além da fronteira.
A LUZ
Imanente. Trespassante em cada um de nós.
Mais bela nos entardeceres de António Cruz, à beira-rio.
DC
sexta-feira, 24 de junho de 2011
O IMPOSSÍVEL
Desejo o impossível.
Por isso estou farta do possível
Do que me é dado diariamente
E de que desfruto por rotina
Numa desatenção total.
O meu quotidiano
É preenchido pelo esquecimento
De tudo quantos os outros enxergam
Ou sentem.
Eu só vivo se alcanço o impossível
Por isso considero o real
Como apenas e só um obscuro momento.
SS
terça-feira, 21 de junho de 2011
SER MULHER
A mulher é grande
Embora a queiram minimizar
Quando a comparam com o homem.
O que a faz maior
Não é só criar pequenas coisas
É sobretudo o jeito humilde de fazer as grandes.
Pensar na mulher
Não é só lembrar a mãe
É evocar a filha,
A esposa
A amiga ou a amante.
Ser mulher
É fazer tudo
Com um sorriso
Que pode esconder lágrimas
Ou chorar para expressar uma alegria.
Ser mulher mais do que uma grande tarefa
É uma forma única de estar e criar vida.
GM
LINHAS PARA UM FADO
Sonhei contigo esta noite
SS
No meio da escuridão
Não tinhas forma ou jeito
Nem modos de quem queria
Apertar-me no seu peito.
Quando acordei estava só
Na minha cama vazia
E a morrer de saudade.
Se me queres não me castigues
Dando-me só amizadeSS
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Comer uma maçã
É como morder uma boca.
Ambas saciam a fome
Mas em contextos diferentes.
As duas lembram um toque
De textura semelhante
Carnuda e saborosa.
Têm um sumo adocicado
Que escorre pelos lábios
Em ribeira pressurosa.
Comparação transgressora
Dirá o mundo malvado:
Pois se prefiro a maçã
É sinal que tenho fome.
Se optar pelo boca
É porque caí em pecado.
SS
quinta-feira, 16 de junho de 2011
ILUSÃO
Em ti sonho dias
Sonho noites
Numa solidão desesperada.
Em ti busco rumos
Sonho noites
Numa solidão desesperada.
Em ti busco rumos
Busco forças
Numa esperança alucinada.
Numa esperança alucinada.
Em ti busco luz
Busco o impossível
Com as mãos cheias de nada.
Busco o impossível
Com as mãos cheias de nada.
Viver assim
É viver sem ilusão.
De que me serve ser um corpo
Se ele não tem coração?
É viver sem ilusão.
De que me serve ser um corpo
Se ele não tem coração?
SS
domingo, 12 de junho de 2011
FAMA
Não me ilude
O brilho nem o colorido da fama.
O brilho nem o colorido da fama.
A glória é um fugaz momento
Que alimenta egos
E se dissolve numa rajada de vento.
Só me deixo iludir
Quando alguém diz que me ama.
SS
sexta-feira, 10 de junho de 2011
VIAGEM
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga
domingo, 5 de junho de 2011
OS MEUS VERSOS
Os meus versos
Não dizem nada
Que não saibas já.
Por mais que tente
Dar-te uma novidade
Falo-te sempre
Dalguma coisa já passada.
E quando quero
Falar-te de amor
Então fico sem jeito.
Limito-me a frases feitas
Ou copiadas de livros
Semvalor e sem afecto.
Por isso mal as escrevo
Por isso mal as escrevo
Logo as rejeito.
SS
quinta-feira, 2 de junho de 2011
VENTO
Dos afazeres do dia.
Disperso-me na dança
Das roseiras no jardim
E, se bem que mais lento
Do que o do alvor da manhã,
Que por ser leste
Era bem mais forte,
Rouba-me toda a atenção
Que me exige
O trabalho do momento.
GM
quarta-feira, 1 de junho de 2011
ESPERAR
Esperar!
Esperar o quê?
Por uma chegada
Ou uma partida?
Por uma presença
Ou uma ausência?
Isso não é esperar
É assistir à vida.
Esperar
Esperar o quê?
Que o dia seja noite
Ou vice-versa?
Que o sol brilhe
Ou vá chover?
Nada disto é esperar
São apenas temas de conversa
sábado, 28 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
ESTAÇÕES
Na tarde desta primavera
GM
Feita Verão antecipado
Um raio atravessou o céu grisalho
E um trovão ecoou longe de mim.
A chuva começou
Primeiro como orvalho
E logo em bátegas pesadas
Que derrubaram as pétalas
Das rosas do meu jardim.
Não encontro explicação
Para este tempo
Sem estação demarcada.
Por isso me interrogo amiúde
Se é erro da Natureza
Ou sou eu que estou mudada.
GM
terça-feira, 24 de maio de 2011
AZUL
Perde-se o meu olhar no azul
Celeste
Cobalto
Marinho
Ou no simplesmente azul
Que não sei se existe
Ou se imaginei.
Por isso perco o meu olhar
Na extensão do céu
Na profundidade do mar
Nas gemas de lazúli e de safiras
Para encontrar o tal tom
Que não sei se existe
Ou se imaginei.
GM
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