Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 29 de setembro de 2012

CORAÇÃO ATEU


sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Amo-te como ninguém foi capaz de te amar
daquela forma doce dos amantes já maduros
que aprenderam a gozar da vida tudo
temendo que o tempo lhes escape
como pássaros a bater asas e voar.

Vivemos momentos que se tornaram laços,
que nos fizeram chorar, que nos fizeram rir,
trocámos em segredo beijos e abraços,
cúmplices neste mistério
a que os humanos chamam existir.


Por tudo isso
amo-te assim
e queria ter-te só para mim
todo o tempo que ainda nos sobeja
até chegar a hora de partir.


SS

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

UM DIA COM POESIA


Começar o dia com poesia
se não der mais nada
traz sempre alegria.
E um dia claro
de sol brilhante
e céu azul,
riscado pelas corridas dos pássaros
e pelo colorido das flores
será sempre um dia radiante:
aquece-nos a alma,
estimula a vontade
e evoca-nos amores.


SS

terça-feira, 25 de setembro de 2012

MOMENTOS


Os momentos que marcam as nossas vidas
Nem todos são iguais.
Há-os pintados de flores coloridas ,
que apetece apanhar
e fazer com elas uma protecção,
para compensarmos aqueles em que tudo corre mal
e o desanimo se instala em nós
e nos oprime o coração. 

Hoje estou assim,
indecisa entre o bem e o mau estar,
por um lado temendo o mal que me pode suceder
por outro presa à esperança que algo de bom me vai calhar.
O melhor, contudo, será mesmo esperar o que por aí vem
Se a esperança é sempre a última a morrer
o milagre, porque surpresa, é o primeiro a chegar também.


SS

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

SEM DESTINO


O tempo e os homens
andam a jogar connosco
às escondidas.

Teceram-nos uma teia
que nos arrasta para onde não queremos ir
mas de que não nos conseguimos libertar.

É uma viagem que se adivinha sem destino
porque por mais que procuremos não encontramos caminhos
e nem sequer mapa nos deixaram para voltar.

SS