É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga
Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
sexta-feira, 10 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
OS MEUS VERSOS
Os meus versos
Não dizem nada
Que não saibas já.
Por mais que tente
Dar-te uma novidade
Falo-te sempre
Dalguma coisa já passada.
E quando quero
Falar-te de amor
Então fico sem jeito.
Limito-me a frases feitas
Ou copiadas de livros
Semvalor e sem afecto.
Por isso mal as escrevo
Por isso mal as escrevo
Logo as rejeito.
SS
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