Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
sábado, 30 de abril de 2011
SENTIR
Sentir
Mas sentir o quê?
A minha disposição
Muda com o que vê
A cada minuto
A cada instante.
Tudo em volta de mim
Está em confusão
E o que não está
É irrelevante.
Assim
Vou fechar-me para tudo
E seguir apenas
O que me dita o coração.
SS
sexta-feira, 29 de abril de 2011
LIVROS
Salvam-me os livros
Nas longas noites de insónia.
Não me readormecem
Mas ocupam.
Com eles viajo
Num torpor
Que me atira
Para uma espécie de jet-lag dos fusos horários.
Tentar deitar-me sem livros?
Já o fiz
Mas o resultado foi comprovar
Quanto eles me são necessários.
SS
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Às vezes
Parece que estás ao alcance da minha mão
Tão perto sinto a tua presença.
São os momentos em que me parece
Ouvir a tua voz
Sentir o teu cheiro
Saborear o teu calor.
Desfruto então
De todas essas sensações
E deixo-me esvair em cada uma delas.
Porque viver um amor assim
É como mergulhar num mar de muitas perdições
SS
quarta-feira, 27 de abril de 2011
DISTÂNCIA
A distância é um vazio
Um desencontro
Um esquecimento.
É um não saber
E um tentar adivinhar
A cada momento.
Distância é um mundo escuro
Em que se procura algo
Apenas por intuição.
Distância é um jogo
De sorte ou de azar
Vivido em emoção.
SS
domingo, 24 de abril de 2011
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