Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


domingo, 15 de fevereiro de 2015

PARAÍSO

Sentir-te entrar devagarinho
num andar de pássaro curioso.
Ouvir o meu nome bem baixinho
naquele tom de antegozo
de quem quer provar os pedacinhos
de um manjar bem apetitoso.
Adivinhar o meu corpo contra o teu
envolvido no lençol das nossas peles
e iluminado por meigos sorrisos...

Oh, meu amor, se isso não for o céu,
é certamente um outro paraíso.



SS