Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

MUSICA PARA O NATAL

Uma música para o Natal Uma só Que calasse os Jingles Bells E os White Christmas (que até nem são tão whites por todo o lado). Ópera também não Nem sonatas Ou sequer o Hino da Alegria. E até do Natal Português Esqueceria tudo Mesmo o mais que repetido “Olhando para ó céu!” Música para o Natal, Se ma queres dar Apenas a da tua voz Dizendo baixinho Para só eu escutar: Vem comigo. Esquece o mundo lá fora E deixa-te amar... SS

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

TUDO O QUE VEMOS É DIFERENTE

Tudo o que vemos é diferente. Comecemos por nós próprios: Quando nos olhamos Vemos um outro sexo Estaturas distintas E até o cabelo desigual. Relativamente ao mundo Que nos rodeia É diversa a nossa noção de cor A análise do espaço E o modo como lidámos com os outros Sendo tão divergentes Onde está a razão Para esta forma igual e premente Que temos no amar? Talvez a encontremos Na água donde viemos. Da tua cidade vês o rio Da minha eu vejo o mar… SS

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PALAVRAS

Para quê palavras Entre nós? Que dizem elas Que nós já não tenhamos dito? Que novidades nos trazem Ou que intenção nos sugerem? Nós não precisamos de falar Por isso não precisamos de palavras. Para dizermos alguma coisa Basta o nosso olhar SS