Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 2 de junho de 2011

VENTO


Distrai-me o vento
Dos afazeres do dia.
Disperso-me na dança
Das roseiras no jardim
E, se bem que mais lento
Do que o do alvor da manhã,
Que por ser leste
Era bem mais forte,
Rouba-me toda a atenção
Que me exige
O trabalho do momento.

GM

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ESPERAR

Esperar!
Esperar o quê?
Por uma chegada
Ou uma partida?
Por uma presença
Ou uma ausência?
Isso não é esperar
É assistir à vida.

Esperar
Esperar o quê?
Que o dia seja noite
Ou vice-versa?
Que o sol brilhe
Ou vá chover?
Nada disto é esperar
São apenas temas de conversa

GM