Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


domingo, 29 de novembro de 2015

SENTIR

Da minha casa não vejo o mar
mas Sinto-o
no cheiro da maresia que o vento espalha
no ronco abafado da maré
que ouço sempre que há temporal.

Da minha casa não te vejo
mas Sinto-te
no raio de sol que me aquece de manhã
na rosa que acaba de nascer
e no pássaro que pousou no meu quintal.

Presença não é condição para amar.
O Amor nasce e cresce em nós de qualquer jeito
se tivermos a capacidade de sonhar.

SS