Não tenho nada para te dizer.
Esgotei as palavras
no tempo desorientado da espera.
Cada dia que passa é igual ao anterior,
rigorosamente igual,
até nas pequenas coisas do quotidiano.
Assim
de que me servirá hoje falar-te de amor?
Vazia de conteúdo,
por mais que eu te fale
tudo quanto te disser
soará sempre a engano.
SS
Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
sábado, 17 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Cheiras a ervas e rio
e eu a sal e mar.
Corres entre duas margens que te amparam
enquanto eu, sem limites, ultrapasso horizontes
na busca perpétua de uma praia onde parar.
Ambas as viagens são momentos de procura
para percebermos o que cada um quer e sente:
Tu no teu correr de mansinho
desfrutando calmamente dos sítios de passagem;
Eu, gigante e sempre em fúria veloz
galgando a extensão que me separa de um continente.
Estas nossas viagens de sentires apenas chegarão ao fim
quando que nos encontrarmos numa qualquer foz.
SS
domingo, 11 de novembro de 2012
Nunca questionámos o porquê
desta situação pouco normal
em que tu vieste de um longe
que afinal era um tão perto
porque saído do espaço virtual.
E o tempo passou
e o amor que assim chegou
tornou-se depressa material.
E apesar do longe ter voltado
e o perto ser tão raro,
assim continuamos,
insistindo teimosamente
neste sentir pouco formal.
SS
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