Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
sábado, 15 de setembro de 2012
O RESTO
O resto… é só o resto…
A contagem do tempo que se esvai
Os ansiados toques telefónicos
Os pequenos momentos de silêncio
A leitura partilhada ou debatida
Os bons dias que chegam cada noite
Os beijos encerrados nas mensagens
A ansiedade dos encontros
A alegria que marca cada chegada
A saudade mesmo antes da partida...
O resto … é só mesmo o resto
aquilo que se atravessa por acaso
neste caminho que é a nossa vida...
SS
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Adivinha-se o Outono
na sombra que cada dia cai mais cedo,
projectada pelo prédio do lado,
sobre as flores quase de papel da buganvília.
É nesta hora que me lembro mais de ti.
Nascemos no verão
mas o Outono foi a primeira estação
em que passamos a ser nós
e não apenas o tu e o eu.
Por isso os fins de tarde do Outono
lembram-me o tempo em que o nosso amor nasceu.
SS
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
A partir de hoje não há poesia.
Para mim
só há poesia
quando escrevo
para alguém ler,
isso mesmo L E R,
não apenas passar um olhar
porque é costume
por simpatia
ou por dever
não deixando da sua passagem nenhum traço
sobre o que digo e como o faço.
Adivinho,
por pessoal intuição ,
qualquer destas situações.
Por isso quem se reconhecer
nas citadas condições
terá de o confessar directamente a mim.
Irei então ponderar
em função do que me disserem
se vale a pena escrever…
Até lá...
Terão de esperar calmamente
para me voltarem a ler.
SS
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