Sinto-me imersa numa imensa letargia
e as minhas palavras ,
aquelas que te escrevia a cada dia
para que eu nunca desaparecesse de ti,
surgem-me lentas, desalinhadas,
sem brilho, nem cor
como se algo nelas tivesse morrido.
Contudo, dentro de mim
elas vivem e gritam-me
pedindo que quebre as grades
da prisão em que as guardo
para retomarem o seu voo até ti
como se esta ausência que eu própria criei
nunca tivesse acontecido.
SS