Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Segundo

O tempo
Sente-se mais do que se conta
Por isso nunca pensei
No valor de um só segundo.
Hoje que mo pediste
Percebi que,
Às vezes,
Vale mais que todo ” um mundo”.

SS

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quis escrever um poema:
Escolhi as palavras
Uma a uma com cuidado
E pu-las todas de lado.

Misturei-as com afectos
Com céu, com sol e com mar
E juntei-lhes muitas flores
Para conseguir mil cores
Que me avivassem o tema.

Depois de escrito guardei-o
No caderno habitual
De onde, por qualquer razão,
O texto desapareceu.


Agora,
Resta-me uma dúvida final:
Será que perdi o poema
Ou foi ele que se perdeu?


GM