Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 17 de setembro de 2011

Quantas palavras tenho
Para te dizer…
Quantas coisas guardo
Para partilhar contigo…
Quantos momentos lembro
Para te manter em mim…

Não fora isso
Eu já teria partido
E como nos filmes
Da minha passagem
Só recordarias
A palavra FIM


GM

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quadra

As velas são como as asas
Que batem fortes ao vento.
As asas levam a alma
As velas o pensamento

SS
Escorre-me pelo corpo
O bafo quente
Desta tarde de Verão.


Ouço ao longe
O som surdo do mar
E imagino o areal
Pleno da gaivotas.

Tudo nos desafia para uma viagem
Escoltados por sereias e golfinhos
Num veleiro, em que será teu o leme
E minha a grande vela mestra.


Sem rumo definido,
Pararemos onde desejarmos
Ou onde nos abandonar a aragem


GM

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Havia sol
Havia azul
E uma faixa cinza limitava o céu do mar.


Havia gente
Havia gaivotas
E uma dezena de veleiros a vogar.


Cada manhã
Que põe esta imagem
À nossa frente
Mais que um momento de vida
Dá-nos um presente.


GM

domingo, 11 de setembro de 2011

Rosa

Nesta tarde de horas lassas
Escapam-me as palavras a dizer
E as ideias dissipam-se nas vidraças.


Hoje,
Definido para mim,
Apenas existe a rosa sangue
Que me espreita do jardim.


GM