Abre-me os teus braços
A toda a largura de que és capaz
e faz deles o meu leito.
Estou cansada
terrivelmente cansada.
Embala-me
como se faz a uma criança
que teima em não dormir
porque tem medo da noite.
Não me cantes.
E se falares, fá-lo baixinho
para não me distrair.
E quando por fim despertar,
mais leve e repousada
e sentir-me em teus braços,
sei que é a hora de sonhar.
Porque sonhar, amor,
só consigo
quando estou bem acordada…
SS
Uma irreverência entre a memória e a saudade
Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...
sábado, 23 de junho de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
PALAVRAS
Deixo-te as minhas palavras
para que mergulhes nelas
e encontres em cada uma
um sinal de mim.
Todas juntas valem por mil segredos
e são a resposta aos teus desejos.
Para os entenderes terás de os ouvir baixinho
do modo como amas,
de mansinho,
e oferecendo-me por colcha todos os teus beijos.
Todas juntas valem por mil segredos
e são a resposta aos teus desejos.
Para os entenderes terás de os ouvir baixinho
do modo como amas,
de mansinho,
e oferecendo-me por colcha todos os teus beijos.
SS
quarta-feira, 20 de junho de 2012
TEMPO ENTRE NÓS
Não meço o tempo quando não estás
porque é um tempo longo
penoso
difícil de passar
um tempo de espera
que nunca sei se vai terminar.
Não conto o tempo quando tu estás
porque é um tempo tão curto
tão leve
tão feliz
tão cheio de ti
que receio que se vá dissipar
só porque eu o estou a contar.
SS
terça-feira, 19 de junho de 2012
AMANTE IMAGINÁRIO
Há duas maneiras de amar:
amar por amar ou fazer amor.
A segunda precisa da primeira
mas a primeira nem sempre acaba na segunda.
Digamos que são coisas distintas
que se podem ou não conjugar.
Mentiria se dissesse que não gosto da segunda
mas a minha preferência vai para a primeira
que me alimenta alma
e condiz mais com o meu eu
que gosta do silêncio e calma.
Amar acompanha-nos todo o dia
(e as noites também, se são de insónia)
e para viver basta-lhe só um coração
se bem que repartido por dois
porque não é possível amar em solitário.
Isto a não ser quem seja tão bom de fantasia
que tenha conseguido criar dentro de si,
como uma criança quando está sozinha,
não um amigo, mas um amante imaginário.
SS
amar por amar ou fazer amor.
A segunda precisa da primeira
mas a primeira nem sempre acaba na segunda.
Digamos que são coisas distintas
que se podem ou não conjugar.
Mentiria se dissesse que não gosto da segunda
mas a minha preferência vai para a primeira
que me alimenta alma
e condiz mais com o meu eu
que gosta do silêncio e calma.
Amar acompanha-nos todo o dia
(e as noites também, se são de insónia)
e para viver basta-lhe só um coração
se bem que repartido por dois
porque não é possível amar em solitário.
Isto a não ser quem seja tão bom de fantasia
que tenha conseguido criar dentro de si,
como uma criança quando está sozinha,
não um amigo, mas um amante imaginário.
SS
segunda-feira, 18 de junho de 2012
PERDOA, AMOR
Perdoa, amor,
Mas não me lembro bem do dia
em que contigo cruzei.
Muito melhor fixei
quando te comecei a querer.
Não são de confundir os dois momentos.
No primeiro só te antevi e parti.
Mas no segundo..
Ah, no segundo…
olhei-te e fiquei parada ali
à espera não sei de quê.
Depois disso
quantas voltas deu a terra
sem eu me perder de ti?
Quantos meses, dias, horas
para não falar em anos,
já passaram
desde que em mim te senti?
Quantas noites me deitei
e o meu sono todo inteiro
foi um namoro constante
feito oferta para ti?
Depois disto, meu amor,
pelo tempo que vivemos,
já me poderás perdoar
que eu não possa recordar
a primeira vez que te vi?
SS
Mas não me lembro bem do dia
em que contigo cruzei.
Muito melhor fixei
quando te comecei a querer.
Não são de confundir os dois momentos.
No primeiro só te antevi e parti.
Mas no segundo..
Ah, no segundo…
olhei-te e fiquei parada ali
à espera não sei de quê.
Depois disso
quantas voltas deu a terra
sem eu me perder de ti?
Quantos meses, dias, horas
para não falar em anos,
já passaram
desde que em mim te senti?
Quantas noites me deitei
e o meu sono todo inteiro
foi um namoro constante
feito oferta para ti?
Depois disto, meu amor,
pelo tempo que vivemos,
já me poderás perdoar
que eu não possa recordar
a primeira vez que te vi?
SS
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