Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Estou vazia de tudo.
Das minhas mãos mesmo abertas
Já nada sai.
Perdi quanto tinha
No desvario do passar do tempo
Nos desamores vividos
No desfazer das malas de viagem.

De tudo sobrou-me um coração desabitado
E que somente palpita
Quando é agitado pela aragem.

SS

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sinto-te perto

Sinto-te perto
Na manhã que me acorda
Na tarde que vou entretendo
Na noite que me adormece.
Sinto-te perto na nuvem que passa
No sol que brilha em céu azul
Nas nuvens cinzentas da chuva que cai
Nas estrelas que me velam o adormecer.

Sinto-te perto como se fosses aquela parte de mim
sem a qual eu nunca poderia viver.

SS