Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Estou vazia de tudo.
Das minhas mãos mesmo abertas
Já nada sai.
Perdi quanto tinha
No desvario do passar do tempo
Nos desamores vividos
No desfazer das malas de viagem.

De tudo sobrou-me um coração desabitado
E que somente palpita
Quando é agitado pela aragem.

SS

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