Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 22 de outubro de 2011

Custam-me os silêncios
Como me custam os nevoeiros.
Custam-me as palavras apressadas
Como me custam todas as nortadas.
São modelos indistintos, inconstantes,
E nunca se revelam em imagem.


Prefiro as frases abertas, livres, sem temor
Que atravessam o espaço em meu redor
Traçando uma esteira de presença.
Mais do que uma sombra ou uma voz
Elas são EU inteira em forma de mensagem.


gm

domingo, 16 de outubro de 2011

ESPERANÇA

Não pedia que fosse para a eternidade
mas apenas que durante
uma hora
um minuto
ou até mesmo um segundo
o mar se tornasse um novo céu
o sol exercesse de lua
e o homem voltasse a ser criança.


Prodígios impraticáveis? Decerto.
Mas sonhar ser possível manipular o mundo
Seria um sinal inequívoco de esperança.
GM