Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 7 de abril de 2014

O MEU EU


O meu eu

são pedaços que recolho

de entes que andam perdidos

mas rondam à minha volta

procurando uma forma

ou um espaço para existirem.

Restos dispersos de memórias e de afectos,

pouco mais são que uma manta de farrapos

tecida num longo desfiar do tempo.


Este legado não faz de mim um ser perfeito

mas é a força que dá vida

ao coração que bate no meu peito.



SS