Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 21 de maio de 2011


Que país é este
Que não conserta
Os erros do seu parto prematuro?
Que país é este que arremessa
Os seus filhos
À dúvida e ao escuro?

Não aprendeu a governar-se este país!

Depois de nascer soube crescer
Descobriu o longe
Mas esqueceu o perto.
E o mar que o beija
E o embalou
Assiste impotente à sua morte lenta
Vendo-o perder-se pouco a pouco
Sem conseguir lutar contra a tormenta.

Desperta Portugal!
É a hora de lutar
Contra os que te querem destruir
Por desgoverno ou por ambição.
De Norte a Sul
Sejamos capazes de juntar vontades
E a todos que nos querem dominar
Dizer a uma voz
Um imenso NÃO.

GM

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Olha-me
Bem devagarinho
Como se quisesses
Guardar-me dentro de ti.

Toca-me
Suavemente
Como se eu fosse o papel
Onde escreves as tuas memórias.

Assim
Quando eu voltar
Serei a parte do teu corpo
De que sentiste falta enquanto estive ausente.

SS

segunda-feira, 16 de maio de 2011

EXPLICAÇÕES PARA O AMOR

O amor tem muitas explicações
E muitas formas.
Para te amar
Não preciso que estejas aqui
Basta-me saber que conto para ti
Como uma peça fundamental
No teu quotidiano.

Se estou perto
Sinto-me como se fosse
O teu outro eu
Porque tudo de quanto falamos
Representa tudo quanto partilhamos.

Para nós falar
É um modo especial de amar

SS