Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 13 de abril de 2011

VIAGEM

É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga

domingo, 10 de abril de 2011

Num concurso organizado pela Livraria Poetria a nossa Soror Saudade viu 3 quadras suas a serem premiadas. Um orgulho quando do júri fazia parte o "nosso" Carlos Tê, esse mesmo, o autor das letras do Rui Veloso
Abraça-me muito, bem forte
E deixa o mundo acabar
Agora que te encontrei
Nunca mais te vou deixar
Se o meu amor se lembrasse
De me vir agora beijar
Eu não morreria de espanto
Mas sim de tanto o amar
Se me amas diz agora
Não deixes o tempo passar
Pois os minutos perdidos
Não se voltam a encontrar
SS