Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 23 de junho de 2012

SONHAR

Abre-me os teus braços
A toda a largura de que és capaz
e faz deles o meu leito.
Estou cansada
terrivelmente cansada.
Embala-me

como se faz a uma criança
que teima em não dormir
porque tem medo da noite.

Não me cantes.
E se falares, fá-lo baixinho
para não me distrair.
E quando por fim despertar,
mais leve e repousada
e sentir-me em teus braços,
sei que é a hora de sonhar.

Porque sonhar, amor,

só consigo
quando estou bem acordada…


SS

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