Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


domingo, 9 de setembro de 2012


A partir de hoje não há poesia.

Para mim
só há poesia
quando escrevo
para alguém ler,
isso mesmo L E R,
não apenas passar um olhar
porque é costume
por simpatia
ou por dever
não deixando da sua passagem nenhum traço

sobre o que digo e como o faço.


Adivinho,
por pessoal intuição ,
qualquer destas situações.
Por isso quem se reconhecer
nas citadas condições
terá de o confessar directamente a mim.
Irei então ponderar
em função do que me disserem

se vale a pena escrever…

Até lá...

Terão de esperar calmamente
para me voltarem a ler.


SS

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