Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 2 de junho de 2011

VENTO


Distrai-me o vento
Dos afazeres do dia.
Disperso-me na dança
Das roseiras no jardim
E, se bem que mais lento
Do que o do alvor da manhã,
Que por ser leste
Era bem mais forte,
Rouba-me toda a atenção
Que me exige
O trabalho do momento.

GM

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