Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Com dois dedos
puxei o fio do tempo
e enrolei-o nos segredos
do tempo em que fomos nós.
Com ele teci a ausência
dos dias em que não tivemos voz
e percebi o sentido
de que eu sem ti
ou
tu sem mim
é como estarmos  sós.
E nesta realidade
o que resta de nós
é o que está escrito na saudade.

SS

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