Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ÁGUA DE CHUVA

A chuva desta tarde de verão
Colou-se à vidraça
Que me isola do jardim.

Duas gotas límpidas
Desceram de mansinho
E tornaram-se uma só
Quando se chocaram
Mesmo frente a mim.


Interrogo-me se o sucedido
Terá sido uma busca
Ou um acaso.
Não sei o que pensa a chuva
Mas para mim foi mesmo um “caso”.
SS

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