Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Somos as duas margens do mesmo rio.
Marcamos as suas fronteiras
E com elas o modo de ele correr.
Se nos aproximamos
Ele corre com mais força.
Se nos afastamos
Ele procura manso
A foz onde nos junta
E indica
Para onde vamos
Quem somos
E qual é o nosso futuro.

Quando chegamos ao mar
A nossa peregrinação
Deixa de ser uma promessa e torna-se uma realidade
Porque ambas as margens se confundem.
Nisso reside o que entendemos por Fraternidade.


GM

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