Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 20 de setembro de 2011

MAPA

Acaricio o teu corpo
Como se percorresse um mapa
Em busca de um ponto de chegada.


Perdi a noção do de partida
Nos anos que passaram
E nas memórias que marcaram
O decorrer da nossa jornada.
Em cada ruga paro
Em cada pedaço de pele me extasio
Como se fosse uma novidade.
Em cada veia sinto o pulsar da tua vida
Que bebi em sorvos lentos
E se misturou com a minha
Em união de corpos e sentires.


Se tudo isto não é um ponto de chegada
Então, meu amor,
O mundo não existe
E nós somos o nada.

SS

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