Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Na tarde cinza
Lia-se já algo de Inverno
Mas o sol baço que espreitava
Amenizava o dia
E fez-me adormecer.


Quando acordei,
ao anoitecer,
ouvi, não sonhei,
na árvore em frente
e numa estação que deve ser fria
o primaveril cantar de uma cotovia.

GM

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