Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 26 de maio de 2011

ESTAÇÕES

Na tarde desta primavera

Feita Verão antecipado

Um raio atravessou o céu grisalho

E um trovão ecoou longe de mim.

A chuva começou

Primeiro como orvalho

E logo em bátegas pesadas

Que derrubaram as pétalas

Das rosas do meu jardim.


Não encontro explicação

Para este tempo

Sem estação demarcada.

Por isso me interrogo amiúde

Se é erro da Natureza

Ou sou eu que estou mudada.

GM

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