Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 29 de agosto de 2008

REGRESSO A CASA

Depois da ausência 
Sempre que regresso a casa 
Espera-me o cheiro bom 
Do meu quotidiano. 
Abertas as janelas 
Os objectos têm outra dimensão 
E afago-os 
Como se os tivesse perdido 
Para sempre 
Mas os tivesse reencontrado e com eles o lar. 
Por isso preciso de os tocar Para os sentir. 
São eles que me dão a certeza do regresso. 
 Em cada volta a casa Eu nasço outra vez

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