Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 18 de setembro de 2012


Hoje
o nevoeiro não permite o passeio habitual
à beira-mar.
Quando chegares,
pela tardinha,
sentemo-nos os dois a namorar
mesmo que sejamos  só nós, o nosso olhar
e um tema leve  para discutir.

Ao longo do nosso tempo
guardei as palavras que pensaste
mas que calaste

e que eram as que eu  gostaria de ouvir.
Talvez que no ambiente deste anoitecer,
que acompanha difuso a despedida do dia ,

as consigas finalmente exprimir.

SS

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