Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Em cada um dos meus dias
teço mil fiadas de saudades,
pinto-as com todas as cores
e entranço cada uma delas nas palavras
que vou roubando ao vento do verão
que por mim passa, mas que como é cego

não me vê nem dá por falta delas.

Depois
mando-tas todas sob a forma de poesia
único modo que encontrei
para que caibam inteiras no teu coração.

SS

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