Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 28 de março de 2016

VENTO SUÃO

Chegaste sem avisar
Até talvez sorrindo
Daquele modo especial
De quem vem para surpreender.
Enganaste-te porém.
Uma mulher lê nos astros
E o seu coração tem faro.
Sabia que vinhas a caminho
Porque já sentira o teu cheiro
Trazido pelo vento
Que, soprando até então do norte,
virara num repente a suão.
SS

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