Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 29 de março de 2016

Despe-me, amor,
Como só tu o sabes fazer.
Devagar, muito devagar,
Afagando a pele que vai surgindo
E beijando-a por cada peça de que me libertas.
Que interessa que se espalhem pelo chão?
São inúteis para o que buscamos.
Só então  deixa que seja eu a descobrir o teu corpo
Mesmo que seja da forma atrapalhada     
Pela excitação de quem já não consegue parar.
Segura-me como se temesses que eu voasse.
Depois faz meu o teu mundo, qualquer que ele seja.
Mas, por favor não pares de me amar…

SS                                                                   

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