Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 30 de julho de 2012

RAIO DE SOL

Dá-me a tua mão
e aperta nela a minha.
Mesmo à distância
eu vou sentir o toque da tua pele
a acariciar-me.
Não que sejas dado a esse tipo de “pieguice”
ao contrário de mim, que adoro a mimalhice.

Sabe tão bem sentir-te…

Até o sol, gentil, entendeu o meu desejo
e decidiu juntar-se, feliz,
à ternura a que foste obrigado:
entrou pela janela um raio alaranjado
e veio dar-me um beijo na ponta do nariz.


SS

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