Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


domingo, 29 de julho de 2012



Não sonho com estrelas.
Estão demasiado longe
para que a sua luz me ilumine e os mitos que as rodeiam
só servem para me iludir.
Prefiro a textura viscosa das estrelas do mar
que a água traz até mim com as marés.
quando, triste e só,
espero pelos poentes estendida na areia.
Todas elas me rodeiam e me contam histórias
talvez julgando que sou uma sereia
porque tão entretidas estão no desfiar das suas aventuras
que nem reparam que, em vez de cauda, eu tenho pés.

SS


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