Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Não existe nada mais
para além de nós
quando sofregamente
praticamos a arte do amor.
Pairamos como num limbo
onde nada se ouve
e nada se mexe.
Somos apenas nós e o abandono.

A seguir,
lentamente,
de mão dada
e corpos satisfeitos,
esperamos por uma e outra vez
depois do silêncio de um profundo sono.


SS

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