Da minha varanda não vejo o mar
mas adivinho-o
no cheiro da maresia
no rumor salgado que me chega do poente
no gritar e no voo das gaivotas.
Da minha varanda não vejo o mar
mas sinto-o dentro de mim
porque na sua imensidão aprendi o infinito
e nele tracei as minhas próprias rotas.
SS
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