Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


domingo, 10 de agosto de 2014

NÓS

Perdemos o hábito de nós
Do nosso cheiro
do nosso calor
do nosso toque
da nossa pele
Sinto que tudo isso
não foi mais do que uma oferta tardia da vida
que recebemos sem esperar.
Depois
fomo-nos consumindo
no tempo, no espaço
e sempre na ausência.
Feito o balanço
do que existe ainda entre nós 
será que sobeja alguma coisa
que consigamos recuperar?


SS

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