Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Sinto-me como uma freira
encerrada numa cela
que raramente se abre.
Visitas? Apenas pássaros
que me beijam da janela
para me darem bom dia
ou alguma outra irmã
que vive tal como eu
em profunda solidão.
Às vezes, para o confesso
a que somos obrigadas,
vem-nos visitar um monge.


Mas, pelas grades da janela
voa sempre o meu pensar
buscando-te não sei por onde.
Porém a cada dia que passa
vou-te sentindo mais longe.


SS

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