Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quarta-feira, 21 de maio de 2014

NOME

Não digas o meu nome.
Soletra-o devagarinho
e só depois o pronuncies por inteiro.

Na tua boca soa como um poema que nunca ouvi
em que o mais importante não é a melodia
ou sequer a rima
mas sim a afinação das letras entre si.

Por isso, amor, guarda-o bem dentro de ti
e repete-o sempre que me falas.
O acaso que mo deu um dia
determinou que ele deveria
ser-me dirigido apenas e sempre só por ti.


  SS

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