Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 1 de outubro de 2012



Como as coisas são capazes de mudar!
Há pouco, no meio do lixo
da poda do jardim
surgiu uma magnólia inesperada.
Foi a última do ano
e muito fora da sua temporada
pelo que a recolhi com carinho.

Fenómeno tão raro trouxe-me uma repentina esperança:
Se a natureza é capaz de se renovar assim
conseguirá o nosso desalento destes tempos conturbados
converter-se este Outono numa nova confiança?


GM

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