Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Gosto de te ver ao fim da tarde
quando o sol, ao despedir-se
para receber a lua que se anuncia,
se veste de mil cores. 

Gosto de te ver na alvorada
quando a lua, de partida
para dar lugar ao sol,
mergulha no mar tão de mansinho
que nem damos por ela se esconder.

Para mim a lua não tem fases
e o sol estará sempre acordado. 
Sabes que gosto de te ver,
em cada uma das vinte e quatro horas,
com luar ou sol, tanto me importa.
Para me veres basta apenas, se quiseres,
que venhas bater à minha porta.


SS

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