Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 14 de junho de 2012

AO CAIR DA TARDE



Quisera descansar no teu abraço

ao cair da tarde

quando a luz nos incendeia,

antes de vermos nascer estrelas

ou termos a lua só para nós como candeia.

O cair da tarde é o nosso tempo,

o nosso espaço,

a terra prometida,

o paraíso,

o lugar onde o cansaço

existe apenas porque em nós existe vida.

É porque essa vida dentro de nós arde

que eu quisera descansar no teu abraço

um dia destes, um qualquer,

não me interessa,

desde que aconteça sempre ao cair da tarde.

SS

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