Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Partiste sem te despedires. A princípio pensei que para uma viagem longa Daquelas cujo regresso não têm data marcada Nem percurso determinado E mais parecem uma fuga. Fiquei triste por não me teres avisado Porque julguei que fugias de mim E não tens porque o fazer. Afinal Deixaste sinais. Não para que eu te encontrasse Apenas para avisar Que a tua ausência, Mesmo que inesperada, Não é mais do que uma retirada Para dentro de ti, Lugar sem espaço E onde o tempo não existe, Mas que sentes ter de arrumar Para encontrares O equilíbrio do teu ser E abrires novos caminhos. Estranha maneira de fazer férias Para a qual não são precisos mapas, Passaportes nem agências de viagens… SS

Sem comentários: