Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

AMOR VADIO

Amor vadio Não, não quero dizer amor adúltero. Este pressupõe 3 personagens E pode ser confundido Com um “ménage à trois” Artificial e sem sentido. Amor vadio é outra coisa: È algo buscado E vivido em ternura. Não tem horário Nem dias marcados. Acontece Quando e sempre Dois corpos Se querem ou podem encontrar. E é um delírio de prazer. Se iluminado pelas estrelas Tem por por leito a lua; Se é a vez do sol Pode acontecer Num campo de flores, Na orla da maré vaza, No virar de uma esquina,. Ou simplesmente num olhar É bom o amor vadio Começa no coração E acaba sempre nuns braços. SS

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