TRATO DE AMAR
Não abras a porta
se não for eu a bater.
A tua porta já conhece o meu toque
e, se não o conseguires pressentir
por já estares a dormir,
certamente ela te irá acordar
porque já se habituou a ele
e sabe que, todas as noites,
impreterivelmente,
mais tarde ou mais cedo,
eu irei chegar,
em sonhos ou pessoalmente.
A tua porta
(não a da saída, mas a de entrar).
no seu silêncio e na sua discrição
é a única presença que penetra
no nosso privado trato de amar.
SS
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