Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


sábado, 20 de fevereiro de 2016

TEMPO DE NÓS

Primeiro foste tu
e as palavras escritas
contando-te.
A seguir fui eu,
esboçada num quadro escrito,
meio abstracto e manchado,
que te levou uma ideia de mim.
Então perseguiste a senda do desconhecido
E buscaste-me.
E encontraste o que procuravas
porque voltaste
uma, duas, muitas vezes…
As palavras escritas
Foram-se ajustando às manchas do quadro
que deixou de ser abstracto
e  desconhecido.
Então fundimo-nos numa só imagem
que se foi modificando com o tempo
e em função do movimento das marés
que juntos temos percorrido.

GM

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