Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


domingo, 5 de outubro de 2014

RAIO

Quando me viste
não foi o sol poente que te envolvia
que te fez brilhar
ou retocou a tua imagem
para lhe dar uma nova aparência.
Tu próprio emitias uma luz florescente
que vinha de ti, lá do fundo do teu íntimo,
em busca de alguém a quem gostarias
de iluminar de uma forma diferente.
Viste-me e eu vi-te
e, num repente,
pressenti  que, só de olhar, me trespassaras
como o raio de um sol incandescente.


SS

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