Uma irreverência entre a memória e a saudade


Há um fio ténue que liga a memória com a saudade. Chamei-lhe irreverência porque ele se move constantemente e em todas as direcções fazendo-me lembrar o vento que, vindo do mar, me afaga desde que nasci...


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

PENÉLOPE

É a hora da partida,
de fazer com a saudade o tear
em que tecerei o tempo que há-de vir.
Cada dia 
será um novo fio da teia
que me liga à esperança da chegada
e que, a cada noite,
desfarei
para renovar a ilusão
que me alimenta o sonho
do nosso reencontro em Ítaca.

(Seja lá Ítaca onde for)

SS

Sem comentários: